2019 - 2010

Dawn at Galamanta

“Dawn at Galamanta”, do compositor Christian Lindberg, é uma ópera contemporânea inclusiva, criada com um conjunto diversificado de participantes. No âmbito do "LaB inDança", atividade em parceria com a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, que proporciona oportunidades de formação em dança a pessoas com deficiência, Clara Andermatt cria um espetáculo com os participantes do projeto e com a Orquestra e Banda Sinfónica de Jovens de Santa Maria da Feira. 

Suspensão

“Suspensão”, uma performance enigmática que junta Clara Andermatt a dois compositores, Jonas Runas e António-Sá Dantas, numa criação e interpretação conjunta por diferentes territórios artísticos. Através de um instrumento sensível à luz, montado em vários pontos do espaço cénico, os artistas modulam e criam som eletroacústico pelas sombras que vão projetando, propondo novas relações entre som e movimento. “Suspensão” resulta, simultaneamente, numa coreografia musical, numa performance e num concerto.

Fica no Singelo

Em “Fica no Singelo” Clara Andermatt explora e cria a partir do universo da música e da dança tradicionais portuguesas. Partindo de uma pesquisa sobre as mais variadas manifestações de baile popular e suas funções sociais, de expressão cultural e de diálogo com o Outro, em “Fica no Singelo” Andermatt transpõe para palco fragmentos de manifestações do legado tradicional, revestindo-as de novas substâncias, encenando outras relações do tradicional no contemporâneo e no intemporal.

Páris e Helena

Estreada na segunda metade do século XVIII, a ópera “Páris e Helena” (Paride ed Elena), de Christoph Willibald Gluck, relata a história de amor e sedução entre Páris e Helena, um dos mais apaixonantes mitos da antiguidade. A convite do Estúdio de Ópera da Escola Superior de Música de Lisboa, para desenvolver esta obra com os alunos, Clara Andermatt reveste de estéticas contemporâneas a narração desta ópera lírica. Abdicando de objetos cénicos e com uma cenografia minimalista, lança novas dinâmicas e equilíbrios, através de inusitados sistemas de corpos e de movimentos.

Vira como a Vida

“Vira como a Vida”,  de Clara Andermatt com o Grupo Folclórico da Casa do Povo de Serzedelo e com a banda Macadame, enquadra-se  num programa de espetáculos promovido pelo Centro de Criação para Teatro e Artes de Rua, no âmbito de “Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura”. Um espetáculo para o espaço público, integrado na arruada conduzida pelo grupo catalão La Fura dels Baus, onde o tradicional e o contemporâneo se encontram e se cruzam, através do som e do movimento.

Deriva

Decalcado de um título de Alexandre O’Neill, “Uma Coisa em Forma de Assim” dá nome ao programa da Companhia Nacional de Bailado para assinalar o Dia Mundial da Dança. Uma inédita junção de nove coreógrafos nacionais – Clara Andermatt, Francisco Camacho, Benvindo Fonseca, Rui Lopes Graça, Rui Horta, Paulo Riberiro, Olga Roriz, Madalena Vitorino e Vasco Wellenkam –, convidados a criar para o elenco da CNB, com a composição e interpretação musical do pianista Bernardo Sassetti. “Deriva” é o nome da peça criada por Clara Andermatt para este programa.

2009 - 2000

VOID

Dez anos depois da criação de “Dan Dau, o espetáculo que representa o culminar de um período intenso de criatividade inspirada na relação com a cultura Cabo-verdiana, em 2009 Andermatt cria “VOID”, um espetáculo intimista que regressa à temática de Cabo Verde, em cumplicidade com dois intérpretes desse passado. Um ano depois, “VOID Elétrico” junta ao elenco o percussionista Kabum, vindo também do mesmo passado partilhado, num espetáculo para exterior, com uma estrutura orgânica renovada, com mais música e mais energia.

Meu Céu

“Meu Céu” é um espectáculo de rua criado por Clara Andermatt em Santa Maria da Feira, com uma equipa diversificada de bailarinos, atores, compositores, traceurs, um grupo de intérpretes com mais de 60 anos, uma banda rock e uma cantora lírica. Apropriando-se das características arquitectónicas do espaço e através de uma dramaturgia proposta pela composição musical de João Lucas e Vítor Rua, “Meu Céu” ergue-se numa grande produção de experimentação, risco e envolvência, que convida o público a embarcar numa espécie de ritual comunitário.

E Dançaram para Sempre

Desafiada a trabalhar a partir da obra de bailado infantil "La Boîte à Joujoux", de André Hellé, Clara Andermatt cria “E Dançaram para Sempre", uma peça sobre a intimidade ambígua das caixas de brinquedos e a dualidade inocência / perversidade que povoam cada pessoa. O enredo e a música original de Debussy inspiram a possibilidade de expandir, entre o imaginário e o real, o contexto narrativo da clássica história da caixa de brinquedos. Um espetáculo que conta, entre outros, com as participações da artista plástica Joana Vasconcelos, do pianista António Rosado e do intérprete Marcelino Sambé.

Polaroid

“Polaroid” é o “duplo solo” de Clara Andermatt, uma nova obra depois da tríade dedicada a Cabo Verde. Em “Polaroid” movimento, som e imagem articulam-se criando um idioma único, fundamentado no discurso coreográfico. A presença constante e ativa de um écran gigante convoca uma cumplicidade com o palco, plástica e narrativa. Linhas paralelas do tempo no mesmo corpo: o aceleradíssimo e a lentidão, o corpo virtual, o corpo stress, o corpo esponja dos acontecimentos.

1999 - 1990

Uma História da Dúvida

Criada em Cabo Verde em 1998, “Uma História da Dúvida” é uma peça marcante no percurso de Clara Andermatt e simultaneamente relevante no panorama da dança contemporânea portuguesa. O resultado é uma grande produção, que combina música, movimento e imagem. Quinze intérpretes masculinos dão corpo à obra, traduzindo numa grande intensidade física e sonora aspetos da cultura Cabo-verdiana. A peça estreia no Festival “Expo’98 - Mergulho no Futuro” e recebe, em 1999, o Prémio Almada, atribuído pelo Ministério da Cultura.

Dançar Cabo Verde

A convite de Jorge Salavisa, responsável pela programação de dança de “Lisboa'94 - Capital Europeia da Cultura”, Clara Andermatt e Paulo Ribeiro rumam a Cabo Verde para desenvolverem uma nova criação em coautoria, inspirada no encontro com a dança e a música deste país. Uma peça que inaugura uma nova relação da dança contemporânea portuguesa com expressões tradicionais africanas, e dá início à duradoura e marcante colaboração criativa de Clara Andermatt com Cabo Verde.

Cio Azul

“Cio Azul” é criado em 1993, a convite do Serviço ACARTE, da Fundação Calouste Gulbenkian. Nesta obra, Clara Andermatt regressa à temática do amor, procurando explorar as suas múltiplas formas, através de corpos carnais, sexualizados. Uma peça com quatro bailarinos, incluindo a coreógrafa, e uma cantora-acordeonista popular, Soraya Cristina. “Cio Azul” marca a primeira colaboração com o compositor João Lucas e também a primeira peça de Andermatt com uma vasta digressão internacional.