O percurso artístico de Clara Andermatt é profundamente marcado por Cabo Verde. O primeiro encontro acontece em 1994, ano em que Andermatt e o coreógrafo Paulo Ribeiro rumam ao arquipélago para a criação de “Dançar Cabo Verde”, uma encomenda de “Lisboa’94 - Capital Europeia da Cultura”. A paisagem, as pessoas e a sua cultura constituem os alicerces do trabalho que é desenvolvido desde então. Da partilha e troca de saberes resultam iniciativas de diferentes tipos, que englobam ações de formação, colaborações artísticas e a produção de várias obras, nomeadamente o projeto "CV Sabe”, “Anomalias Magnéticas”, “Uma História da Dúvida”, “Dan Dau” ou “VOID”. Uma relação cúmplice e persistente que se mantém viva até aos dias de hoje, conferindo um cunho singular na abordagem criativa da coreógrafa, ao mesmo tempo que valoriza e impulsiona o percurso de artistas cabo-verdianos.