Produção ACCCA

Suspensão

“Suspensão”, uma performance enigmática que junta Clara Andermatt a dois compositores, Jonas Runas e António-Sá Dantas, numa criação e interpretação conjunta por diferentes territórios artísticos. Através de um instrumento sensível à luz, montado em vários pontos do espaço cénico, os artistas modulam e criam som eletroacústico pelas sombras que vão projetando, propondo novas relações entre som e movimento. “Suspensão” resulta, simultaneamente, numa coreografia musical, numa performance e num concerto.

Fica no Singelo

Em “Fica no Singelo” Clara Andermatt explora e cria a partir do universo da música e da dança tradicionais portuguesas. Partindo de uma pesquisa sobre as mais variadas manifestações de baile popular e suas funções sociais, de expressão cultural e de diálogo com o Outro, em “Fica no Singelo” Andermatt transpõe para palco fragmentos de manifestações do legado tradicional, revestindo-as de novas substâncias, encenando outras relações do tradicional no contemporâneo e no intemporal.

VOID

Dez anos depois da criação de “Dan Dau, o espetáculo que representa o culminar de um período intenso de criatividade inspirada na relação com a cultura Cabo-verdiana, em 2009 Andermatt cria “VOID”, um espetáculo intimista que regressa à temática de Cabo Verde, em cumplicidade com dois intérpretes desse passado. Um ano depois, “VOID Elétrico” junta ao elenco o percussionista Kabum, vindo também do mesmo passado partilhado, num espetáculo para exterior, com uma estrutura orgânica renovada, com mais música e mais energia.

Meu Céu

“Meu Céu” é um espectáculo de rua criado por Clara Andermatt em Santa Maria da Feira, com uma equipa diversificada de bailarinos, atores, compositores, traceurs, um grupo de intérpretes com mais de 60 anos, uma banda rock e uma cantora lírica. Apropriando-se das características arquitectónicas do espaço e através de uma dramaturgia proposta pela composição musical de João Lucas e Vítor Rua, “Meu Céu” ergue-se numa grande produção de experimentação, risco e envolvência, que convida o público a embarcar numa espécie de ritual comunitário.

Polaroid

“Polaroid” é o “duplo solo” de Clara Andermatt, uma nova obra depois da tríade dedicada a Cabo Verde. Em “Polaroid” movimento, som e imagem articulam-se criando um idioma único, fundamentado no discurso coreográfico. A presença constante e ativa de um écran gigante convoca uma cumplicidade com o palco, plástica e narrativa. Linhas paralelas do tempo no mesmo corpo: o aceleradíssimo e a lentidão, o corpo virtual, o corpo stress, o corpo esponja dos acontecimentos.

Uma História da Dúvida

Criada em Cabo Verde em 1998, “Uma História da Dúvida” é uma peça marcante no percurso de Clara Andermatt e simultaneamente relevante no panorama da dança contemporânea portuguesa. O resultado é uma grande produção, que combina música, movimento e imagem. Quinze intérpretes masculinos dão corpo à obra, traduzindo numa grande intensidade física e sonora aspetos da cultura Cabo-verdiana. A peça estreia no Festival “Expo’98 - Mergulho no Futuro” e recebe, em 1999, o Prémio Almada, atribuído pelo Ministério da Cultura.

Cio Azul

“Cio Azul” é criado em 1993, a convite do Serviço ACARTE, da Fundação Calouste Gulbenkian. Nesta obra, Clara Andermatt regressa à temática do amor, procurando explorar as suas múltiplas formas, através de corpos carnais, sexualizados. Uma peça com quatro bailarinos, incluindo a coreógrafa, e uma cantora-acordeonista popular, Soraya Cristina. “Cio Azul” marca a primeira colaboração com o compositor João Lucas e também a primeira peça de Andermatt com uma vasta digressão internacional.