Inspirado no universo dos Pauliteiros de Miranda, o espetáculo expande a tradição num corpo coletivo que ecoa tanto a memória ancestral, como a sua projeção no presente. Em palco, seis intérpretes – quatro bailarinos e dois músicos – constroem um diálogo entre corpo, gesto e som, num cruzamento entre tradição e criação contemporânea.
Como escreve Andermatt na sinopse:
É a dança que atravessa o tempo.
Os passos desenham laços de fé, luta e ofício.
No bater e no silêncio dos paus ouvimos os ecos atrás dos montes.
O que começa no adro expande-se para além, em corpo e memória, segue caminho, faz-se mudança e força viva.
Está aqui.
- Clara Andermatt
Os Pauliteiros de Miranda são uma das principais expressões tradicionais do nordeste transmontano, com elementos guerreiros, religiosos e rituais. Desde abril de 2025, as Danças Rituais dos Pauliteiros nas Festas Tradicionais de Miranda do Douro integram o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.