Partindo de textos de Tennessee Williams, Bernard Shaw e Viriginia Woolf , em “So Solo” Clara Andermatt explora, sozinha em cena, as forças e as fragilidades que habitam, à vez, o Ser Humano, e as múltiplas solidões que o atravessam.
Convocando movimento, texto, vocalizações e dramaturgia, “So Solo” assenta numa reflexão sobre a incotornável solidão humana e os opostos que a povoam, entre o voo e a queda.
Para a concepção e dramaturgia desta peça Clara Andermatt convida o ator e encenador nova-iorquino Robert Castle, a quem se junta, mais tarde, a atriz e encenadora mexicana Alejandra Orozco. Colaborações que espelham a vontade de aprofundar e expandir o trabalho de personagem para novos territórios conceptuais e performativos, dando continuidade à prática de experimentação e ao cruzamento da dança com outras expressões artísticas, que caracterizam o trabalho de Andermatt.
“Vivemos em constante estado de suspense e ambiguidade, tudo é precário e instável. A vida é uma perpétua flutuação entre as várias facetas que vivem em nós. Uma contínua oscilação entre claridade e confusão, espanto e discernimento, sanidade e insanidade. Acumulamos e escolhemos… e às vezes estragamos tudo!”
Clara Andermatt (2009)
“So Solo” recebeu a 2ª classificação de “Melhor Espetáculo de Dança do Ano”, pelo Ípsilon (jornal Público), e foi considerado “Um dos Melhores Espetáculos de Dança de 2009”, pelo jornal Expresso.